Cultura da América do Sul
América do Sul | |
Localização da América do Sul no globo terrestre. | |
Gentílico | Americano-do-sul; Sul-americano; Ameri-meridional; Austro-americano |
Vizinhos | América Central, Antártida e África |
Divisões | |
- Países | 12 |
- Dependências | 3 |
Área | |
- Total | 17.850.568 km² |
- Maior país | Brasil |
- Menor país | Suriname |
Extremos de elevação | |
- Ponto mais alto | Aconcágua, Argentina, 6.962 m |
- Ponto mais baixo | Laguna del Carbón, Argentina, 105 m abaixo do nível do mar |
População | |
- Total | 357.000.000[1] habitantes |
- Densidade | 20 hab./km² |
Idiomas | Espanhol, português, francês, inglês, holandês e guarani |
A Cultura da América do Sul inclui diversas tradições culturais. Estas incluem as culturas nativas dos povos que habitavam os continentes antes da chegada dos europeus; culturas europeias, trazidas principalmente pelos espanhóis, os portugueses e os franceses; culturas africanas, cuja presença resulta de uma longa história de escravidão no Novo Mundo; e por último os Estados Unidos, nomeadamente através da cultura em massa, como cinema e TV.
Os sul-americanos são culturalmente ricos,[2] devido a histórica ligação com a Europa, especialmente Espanha e Portugal, e o impacto da cultura popular dos Estados Unidos.
As diferenças culturais são consideráveis e a divisão do subcontinente na época colonial fez com que existissem duas línguas dominantes, o espanhol e o português. A cultura indígena de origem pré-colombiana teve forte influência no Peru, Bolívia e algumas regiões da Amazônia.
Devido às diferenças culturais dentro das fronteiras nacionais, é possível encontrar maior semelhança cultural entre os habitantes de áreas fronteiriças do que entre estes mesmos e os do interior de cada país. Isto se deve, em parte, a divisão pós-colonial que acompanhou a formação dos estados independentes durante o século XIX.
Idioma
[editar | editar código-fonte]Idioma | Falantes | |
---|---|---|
Espanhol | 194.600.108 | |
Português | 191.480.630 | |
Inglês | 800.000 | |
Neerlandês | 510.000 | |
Francês | 230.000 |
O português e o espanhol são as línguas mais faladas na América do Sul,[3] região geográfica que é parte da grande região cultural, chamada América Latina.
As línguas indígenas da América do Sul incluem o quíchua, no Equador, Peru e Bolívia;[4] guarani no Paraguai e um pouco na Bolívia;[5] aimará, na Bolívia e Peru;[6] e o Mapudungun é falado em certas regiões do sul do Chile, e mais raramente, na Argentina.[7] No mínimo, três dessas línguas indígenas (quíchua, aimará e guarani) são reconhecidas junto com o espanhol como línguas oficiais em seus países.[8]
Outras línguas encontradas na América do Sul incluem hindi e indonésio no Suriname; italiano na Argentina, Brasil, Uruguai, Venezuela e Chile; e alemão em algumas regiões de Argentina, Chile, Venezuela e Paraguai. O alemão também é falado em algumas regiões do sul brasileiro, Hunsrückisch é o dialeto alemão mais falado no país. Entre outros dialetos alemães, uma forma brasileira do pomerano também é representada.
Arte
[editar | editar código-fonte]Além da rica tradição da arte indígena, o desenvolvimento da arte visual sul-americana deve muito à influência da Espanha, Portugal e a pintura barroca francesa, que por sua vez, muitas vezes seguido as tendências dos mestres italianos. Em geral, esse eurocentrismo artístico começou a desaparecer no início do século XX, já que os sul-americanos começaram a reconhecer a singularidade da sua condição e começaram a seguir o próprio caminho.
A cultura sul-americana está presente de diversas maneiras a nível mundial. Assim, por exemplo, o artesanato andino desfruta de considerável demanda em diferentes mercados, como o europeu.[9]
Música
[editar | editar código-fonte]As nações sul-americanas tem uma grande variedade na música. Alguns dos géneros mais famosos incluem a cumbia da Colômbia,[10] samba e bossa nova do Brasil, e o tango, de Argentina e Uruguai. Na primeira metade do século XX, o tango teve grande exito na Europa e na Colômbia. Esta música era interpretada em castelhano, porém não foi um obstáculo para sua difusão no exterior. Na América do Sul se desenvolveram estilos musicais não-exclusivos do subcontinente, como a salsa, que tem sua "capital" em Santiago de Cali, Colômbia.
Gastronomia
[editar | editar código-fonte]Devido à fusão étnica da América do Sul, a cozinha sul-americana tem muitas influências. A maioria das características são ameríndias, africanas, espanholas e italianas. Por sua vez, os hábitos alimentares variam muito, dependendo do ambiente físico das diferentes regiões. O consumo da carne assada está espalhada por todo o subcontinente, especialmente gados e suínos. São populares as churrasqueiras ao ar livre, também conhecido como o asado no Cone Sul ou churrasco no Brasil.
Por causa da ampla mistura étnica na América do Sul, a culinária tem influências africanas, asiáticas e europeias. O estado brasileiro da Bahia é especialmente conhecido pela influência da culinária da África Ocidental.[11] Argentinos, chilenos e uruguaios consomem grande quantidade de vinho.[12]
Religião
[editar | editar código-fonte]A religião na América do Sul é caracterizada pela predominância do catolicismo romano e do protestantismo, bem como pela presença de as outras religiões mundiais como o hinduísmo e o islamismo.[13][14]
Referências
- ↑ «Population and Vital Statistics Report» (em inglês). Nações Unidas. 2003. Consultado em 2 de julho de 2008. Arquivado do original em 10 de julho de 2009
- ↑ Multiculturalismo
- ↑ Principais línguas da América do Sul
- ↑ Língua quíchua
- ↑ Língua guarani
- ↑ Língua aimará
- ↑ Mapudungun
- ↑ Línguas indígenas reconhecidas como oficiais
- ↑ Arte popular no Peru
- ↑ Nacionalização da cumbia
- ↑ Culinária da Bahia
- ↑ Consumo de vinho Folha de S.Paulo - 14 de Outubro de 2006
- ↑ http://html.rincondelvago.com/sudamerica.html
- ↑ http://brazil.costasur.com/es/religion.html